Enquanto nosso herói amnésico começa a se reerguer e utiliza sua mente afiada, uma série de crises desestabiliza sua psiquiatra. Questões do coração provam ser mais complicadas do que aparentam — e talvez o amor seja o jogo mais difícil de todos.

EPISÓDIOS 5-6

De alguma forma, Joo-yeon consegue se livrar da infração com uma desculpa meia-boca. Como Gun continua saindo do hospital sem a companhia de um responsável, Joo-yeon decide cuidar dele. Ela o segue até o hipódromo, onde Gun tenta convencer um potencial investidor para sua recém-fundada agência. Mintindo que Joo-yeon é a médica da equipe da agência, Gun utiliza uma análise estatística espontânea, junto com a avaliação psiquiátrica de Joo-yeon, para prever com sucesso o cavalo vencedor e conquistar o favor do investidor.

Quando Sae-yan apresenta souvenirs da Itália sob a forma de camisetas de casal, Joo-yeon vê uma oportunidade e decide fazer uma surpresa a Teo. Ela decora uma sala de reunião do hospital com balões e velas — sem se importar se esse comportamento é profissional ou não —, mas acaba ouvindo Teo flertando com uma pesquisadora júnior em uma escada. Acontece que Teo havia prometido sair com Joo-yeon após seu retorno da viagem ao exterior, mas entrou em um relacionamento secreto com outra pessoa. (E ainda está levando Joo-yeon na conversa! Que escória.)

Desolada, Joo-yeon corre para apagar as velas com um extintor de incêndio antes que Teo veja. Gun entra na sala e se depara com a cena triste; quando Joo-yeon se recusa a chorar, ele argumenta que ela está enganando a si mesma para agir durona e evitar suas emoções. Ferida, Joo-yeon rebate, pedindo para ele parar de ser tão grudento.

Mais tarde, Shin encontra Joo-yeon agachada na calçada do hospital, tentando conter as lágrimas. Ele a leva de volta para seu bairro, comprando uma xícara de chocolate quente, que ela se oferece para compartilhar. Shin recusa, explicando que bebidas açucaradas o mantêm acordado à noite, mas acaba cedendo — e naquela mesma noite, ele não consegue pregar o olho, segurando seu coração acelerado e suspirando adoravelmente em seu cobertor. Que fofo!

Shin pode estar animado com o novo crush, mas seus relacionamentos do passado voltam para assombrá-lo na forma de uma furiosa Sae-yan. Reservando um cinema inteiro para falar com ela em particular, Shin tenta agir indiferente, desconsiderando a preocupação de Sae-yan sobre sua pulseira perdida. Ela deixou no carro dele? Tanto faz, ele lhe dará dinheiro para comprar uma nova. Porém, Sae-yan rapidamente o coloca em seu devido lugar: “Então, quanto eu devo pagar para te dar um tapa?” Shin se encolhe, abandonando a futilidade da sua atuação como um cachorro acuado.

Aceitando suas demandas, Shin envia a pulseira perdida de Sae-yan para a casa dela. A cena volta para a reunião da escola primária, onde Sae-yan havia perseguido Shin até seu carro, fazendo-o pular de medo. Como ele ousa desistir dela? Sae-yan puxa Shin para um beijo, declara que estão namorando novamente, e então lhe dá um tapa — “Eu sou quem está te rompendo!” E então, ela sai do local, enquanto a pulseira cai de seu pulso. Shin: “Me salve…”

No presente, Sae-yan coloca a pulseira novamente em seu pulso e faz um pedido. Parece que ela espera encontrar alguém novamente, assim como Gun quer se reunir com seu primeiro amor — mas será que Sae-yan realmente é a garotinha que o salvou naquele tempo, ou há mais na história?

Quanto à nossa psiquiatra abatida, há mais desgostos reservados. O diretor do hospital está atrapalhando, tentando mudar o foco do projeto de pesquisa, desviando-o da psiquiatria para a neurociência. Isso inclui ordenar que Teo realize avaliações desconhecidas em Gun, assim como afastar Joo-yeon da pesquisa que ela havia liderado.

Joo-yeon mal tem forças para lutar, e vai ao escritório de Teo para entregar os materiais da pesquisa. Enquanto está lá, ela limpa a mesa suja dele, levando-a a descobrir seu relatório de pesquisa e todos os testes que ele havia realizado sem seu ou consentimento de Gun. Pegando Teo pela lapela assim que ele entra no cômodo, Joo-yeon despeja o lixo que havia limpado de volta na mesa dele. Justo!

Depois de atravessar a chuva sob uma sensação de desamparo, uma Joo-yeon ensopada aparece na porta de Gun. Ela declara que aceitou a posição de médica da equipe e pede três meses de moradia em seu novo escritório em casa. (Trope do convívio forçado, aí vamos nós?) Acontece que Joo-yeon virou o jogo contra Teo e o diretor do hospital ao apelar para o investidor de pesquisa, então agora ela deve observar Gun em sua vida diária fora do hospital.

No entanto, Gun se recusa a aceitar — parece que ele está determinado a manter distância e suprimir suas flutuações de primeiro amor. (Embora ele não esteja fazendo um trabalho muito bom nisso.) Tentando convencê-lo, Joo-yeon levanta um desafio. Se ela conseguir convencer Shi-on a ficar com a agência de Gun e continuar com a fisioterapia, então Gun a contratará. Infelizmente, Joo-yeon mal conhece os termos do tênis, fazendo com que ela interprete completamente mal o exasperado Shi-on.

Embora Joo-yeon falte conhecimento e profissionalismo, ela compensa com determinação. Dedicando-se a estudar tênis com uma pilha de guias, Joo-yeon pede a Shin para ensiná-la as regras. Encantado, Shin opta por um aprendizado prático, sorrindo feito um cachorro apaixonado, mesmo quando seu rabo de cavalo bate em seu rosto a cada golpe da raquete. (Não sei como Joo-yeon está fazendo isso de salto, mas Shin é tão fofo que não consigo reclamar.)

No caminho de volta, Joo-yeon percebe que está sendo seguida. Felizmente, Gun não está longe e dá uma lição no perseguidor antes que ele consiga chegar muito perto. É Teo, que afirma que só queria se desculpar com Joo-yeon. (Só de espreita?) Teo se afasta, mas não sem antes plantar uma dúvida em Gun. Ele está realmente certo de que Joo-yeon é seu primeiro amor? Ele consegue lembrar como a conheceu?

Joo-yeon volta para um escritório vazio, então atende à campainha quando ela toca — exceto que é Shin, e as implicações surgem para ele assim que Gun chega. “Isso mesmo, ela é meu primeiro amor,” declara Gun.

Acredito que esse dorama tem uma ideia vaga da história que quer contar e das cenas que deseja apresentar, exceto que ainda não se deu ao trabalho de trabalhar os detalhes mais sutis. Infelizmente, isso se reflete tanto na execução quanto na coerência da trama. A ética é jogada pela janela, os protocolos de trabalho raramente são seguidos, e as trajetórias emocionais dos personagens parecem desconectadas. A produção carece de polimento e suas inconsistências quebram a imersão.

Ainda assim, já estou me envolvendo na história de Shin e Sae-yan — suas discussões mesquinhas são hilariamente encantadoras, especialmente considerando que eles terminaram após apenas três encontros. Tem potencial para ser uma divertida trajetória de amantes-para-inimigos-para-novamente-amantes, especialmente com a facilidade com que Sae-yan deixa Shin desconcertado. Com ela, talvez ele encontre liberdade de seu estilo de vida rígido. Embora as conexões com a máfia italiana que a família de Sae-yan parece ter sejam preocupantes, e o perseguidor que está atrás de Shin precisa ser tratado primeiro.

Shin pode ter ignorado as fotos dele e Sae-yan juntos, mas há uma imagem alarmante que ele não percebeu, capturando a confrontação entre os irmãos. Contrariando a afirmação de Shin de que ele estava a uma distância segura quando Gun pulou no rio, a foto mostra claramente Shin segurando as lapelas de Gun. Eu ainda estou dando a Shin o benefício da dúvida, pois esse dorama gosta de recontextualizar cenas passadas com revelações subversivas, embora não consiga deixar de me perguntar — o que Shin está escondendo, e isso é apenas pelo bem de Gun ou há mais nisso?

Desejo que o drama se concentre mais nos irmãos, pois há muito a explorar. O relacionamento deles, complicado por anos, de repente foi consertado da noite para o dia — exceto que ainda é uma ferida aberta sob um curativo improvável. É tocante como a amnésia de Gun o faz reverter para seu comportamento do passado, brincando com Shin sobre sua necessidade de afeto na infância e fazendo suas travessuras como nos velhos tempos. Só posso esperar que a trama não vá pelo caminho desgastante do triângulo amoroso, pois odiaria ver os irmãos separados por uma protagonista sem graça.