Desvendando o final do dorama Bon Appetit, Your Majesty

Bon Appetit, Your Majesty: final explicado do dorama da Netflix que mistura romance histórico e comida com muito sabor

Aviso de spoilers: este texto destrincha o final de Bon Appetit, Your Majesty, incluindo mortes, reviravoltas e a cena derradeira. Leia por sua conta e risco!

O dorama mais apetitoso do outono na Netflix serviu um menu completo: viagem no tempo, romance de época e pratos que fazem a tela quase exalar aroma. Bon Appetit, Your Majesty tem 12 episódios e é adaptado do web novel Surviving as Yeonsangun’s Chef, de Park Guk-jae (leia o original em coreano aqui ). A história acompanha Yeon Ji-yeon (Lim Yoon-a, de King the Land), uma chef moderna que escorrega no tempo para a Dinastia Joseon e precisa sobreviver à corte de um rei notório, Lee Heon (Lee Chae-min, de Hierarchy), usando seu talento culinário como arma e escudo.

Como fã de doramas, amei que a série entende seu tempero: a própria Chief Producer da Studio Dragon, Lee Hye-young, explicou à TIME que a proposta nunca foi ser um tratado histórico, e sim usar a história como “acompanhamento” para o prato principal, o romance e o drama. E deu certo: a leveza histórica ajuda a gente a embarcar no amor entre uma protagonista contemporânea e um monarca inspirado em uma figura real de reputação tirânica.

Sobre o que é Bon Appetit, Your Majesty
– Plataforma: Netflix
– Episódios: 12
– Gêneros: romance histórico, fantasia, culinária, viagem no tempo
– Elenco principal: Lim Yoon-a (Yeon Ji-yeon), Lee Chae-min (Rei Lee Heon)
– Direção: Jang Tae-yoo
– Origem: web novel Surviving as Yeonsangun’s Chef, de Park Guk-jae

A reta final: ele pede para ela ficar
No penúltimo ato, Lee Heon abre o coração e pede que Ji-yeon permaneça em Joseon. Ela também já entendeu que ama o rei, mas vacila: seu pai e sua carreira a esperam no século 21. Antes que o destino seja decidido, explode o banho de sangue enlatado pelo ardiloso Príncipe Jesan, tio de Heon, que há tempos trama um golpe. Na celebração da avó do rei, a Grande Rainha Viúva Inju, Jesan expõe a verdade sobre a morte da mãe de Heon, a rainha deposta.

A quase purga e o chocolate que salva uma dinastia
Com a revelação de que figuras da corte — incluindo a própria avó — pressionaram pela execução de sua mãe, Heon volta a ser o rei movido à vingança. A lâmina quase cai, mas Ji-yeon se coloca diante do aço e do destino: ele prometeu não se tornar um tirano, e ela o ama. A queda de braço emocional só termina quando a avó materna de Heon, desorientada há anos, recobra os sentidos ao provar os chocolates caseiros de Ji-yeon e lembra o verdadeiro desejo da filha: que o menino se tornasse um rei sábio. A espada volta para a bainha.

O golpe de Jesan: máscaras, morte e um rei em fuga
Jesan, claro, tinha um plano B. Usando a mesma máscara de talchum do rei, ele massacra nobres no palácio, mata a Rainha Viúva e sequestra Im Song-jae, secretário e amigo leal de Heon, para atrair o monarca para uma emboscada. Song-jae morre como herói; Heon sobrevive e, ao encarar o tio, dá o passo de maturidade que a série vinha cozinhando lentamente: ele admite seus pecados — inclusive a antiga purga — e decide não disputar o poder, mas eliminar Jesan para que o meio-irmão Jin-myeong cresça com chance de ser o tal “rei sábio”. Exilado e caçado, Heon se une aos seus aliados — com Ji-yeon na linha de frente — para um último confronto.

Mangurok: quando a receita vira portal
O duelo final acontece na floresta onde rei e chef se conheceram. Heon leva o mangurok, o livro de receitas que ele mesmo escreveu e ilustrou com cada prato de Ji-yeon — o mesmo livro que a puxou no tempo graças à mensagem apaixonada dele. Na luta, Ji-yeon salta na frente da espada de Jesan e é ferida mortalmente. Sangrando nos braços do amado, confessa que queria ficar. É aí que o mangurok, ativado pelo sangue dela, a puxa de volta para o presente. Heon mata Jesan e fica só — pelo menos por enquanto.

Tem final feliz? Tem, e com direito a bibimbap na cama
Ji-yeon desperta em um hospital em Seul, com o corte de espada marcado nas costas. Reencontra o pai, tenta seguir a vida e até faz um bico na cozinha de um restaurante — onde a equipe é a cara dos amigos do palácio (reencarnação? descendentes? o dorama não se preocupa em explicar). Um cliente grosseiro idêntico a Im Song-jae aparece fingindo ser avaliador Michelin, e, quando Ji-yeon enfrenta o impostor, quem entra em cena para defendê-la? Ele mesmo: Lee Heon, agora em versão moderna, cabelo e roupas urbanas. Abraços, lágrimas, promessas cumpridas — inclusive o café da manhã com bibimbap feito por ele. Sim, o final é feliz, do jeitinho que a gente queria, mesmo que a lógica da fantasia fique em fogo baixo.

Como o Rei viajou no tempo?
O dorama escolhe o amor em vez da física temporal: “isso não é importante — o que importa é que estamos juntos”, brinca a epílogo. Ainda assim, dá para montar uma teoria:
– Heon ficou com uma página rasgada do mangurok quando Ji-yeon foi sugada.
– Consulta rápida à história “atualizada” mostra que o corpo de Heon nunca foi encontrado, sugerindo que ele saiu de sua linha temporal.
– Portanto, não é reencarnação, mas outra viagem no tempo acionada pelo mangurok.

No fim, Bon Appetit, Your Majesty prioriza três pilares, nessa ordem: criações culinárias (meticulosamente pesquisadas), evolução dos personagens e, por último, as engrenagens da fantasia. Ele talvez não atinja o patamar épico de romances como Crash Landing on You ou Alchemy of Souls, mas entrega uma experiência deliciosamente aconchegante, com química palpável e uma estética de dar água na boca. Para quem ama doramas que aquecem o coração e o estômago, é prato cheio.

Perguntas rápidas
– Quantos episódios tem? 12.
– Onde assistir no Brasil/Portugal? Netflix.
– De qual obra vem a história? Do web novel Surviving as Yeonsangun’s Chef, de Park Guk-jae.
– Terá 2ª temporada? Não há anúncio oficial. O final fecha o arco romântico, mas deixa a fantasia aberta a interpretações.

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Bon Appetit, Your Majesty final explicado; dorama Netflix; romance histórico coreano; dorama de culinária; Lim Yoon-a; Lee Chae-min; viagem no tempo; mangurok.

Fontes e leituras
– Reportagem e entrevistas: TIME Magazine, incluindo contexto histórico e filosofia criativa da produção.
Web novel original (coreano)
Contexto histórico sobre purgas literati

Observação para fãs: a própria equipe criativa já havia avisado que a precisão histórica seria “um acompanhamento” para a receita principal — romance e drama. E, sinceramente? Quando a química entre Lim Yoon-a e Lee Chae-min acerta o ponto, a gente limpa o prato e pede repeteco. Bon appétit!

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