Nesta semana, o mistério da memória em O Seletor de Memórias ficou em segundo plano, dando espaço a uma viagem de carro que tomou rumos hilários. Às vezes, uma mudança de cenário é tudo o que se precisa para que preocupações emergem em meio ao conflito — ou para que sentimentos reprimidos ganhem vida.
EPISÓDIOS 9-10
Enquanto Gun escuta uma discussão de Shin com o Diretor Hong, uma dor aguda atravessa sua cabeça. Joo-yeon corre em seu socorro, e sua reação confirma as suspeitas de Gun — todos estão escondendo dele a verdade sobre sua perda de memória. Mesmo assim, ele deixa que Joo-yeon o leve ao hospital para um exame médico e uma intravenosa.
Em outro lugar, Shin se entrega ao álcool em um bar, onde provoca brigas com clientes bêbados. Joo-yeon é chamada, mas hesita em entrar — paralisada pelo medo devido ao seu trauma passado — até que Gun aparece com uma raquete de tênis para defender Shin. Então, o sedativo faz efeito, e Joo-yeon se vê obrigada a arrastar os dois irmãos tontos de volta ao escritório, rs.
Com a chegada da temporada de treinos, Shin e Shi-on se deparam com a necessidade de um intérprete para seu treinador italiano. Assim que Sae-yan descobre que a vila dos atletas fica perto de sua cidade natal, ela não perde tempo e acaba cruzando o caminho de Shin novamente. Preocupado que sua presença possa reavivar as memórias perdidas de Gun, Shin exige que Sae-yan se mantenha afastada de seu território. Claro, ela responde com um chute no pé dele, rs.
Por outro lado, Shi-on está em baixa devido a comentários maldosos. Joo-yeon tenta animá-la com palavras clichês, e mesmo que Shi-on sinta vergonha, a sinceridade de Joo-yeon acaba tocando seu coração. Shi-on decide seguir com o contrato de publicidade que inicialmente recusou, salvando Gun de pesadas taxas de cancelamento. Quando Gun fica sabendo da ajuda de Joo-yeon, ele a convida para um jantar simples como forma de agradecimento.
Mas os irmãos têm o mesmo pensamento. Shin convida Joo-yeon para jantar em um restaurante chique, e ela aceita, já que precisa pegar os diários de Gun com ele. Enquanto Shin faz o possível para transformar o encontro em um encontro romântico, Joo-yeon permanece distraída. Ela só sorri ao ouvir Shin contar uma história de infância sobre Gun, que amava gelatinas, e Shin logo percebe a mudança em seu olhar. “Você gosta do meu irmão?” ele pergunta, notando como seus olhos brilham. Para alívio dele, Joo-yeon nega, apesar de sua expressão desiludida ao ouvir que não é o verdadeiro primeiro amor de Gun.
Nesse ínterim, Joo-yeon compra gelatinas para levar para casa e acaba compartilhando uma rodada de bebidas com Gun, levando a um momento tenso sobre uma lata de cerveja que quase transborda. A proximidade faz o coração de Joo-yeon acelerar, embora ela ainda permaneça em negação. “Claro que é só a bebedeira, ou uma gripe, ou estresse!”
O casal acaba adormecendo no sofá, e ao acordarem, Gun tem a brilhante ideia de invadir a escola de Shi-on no meio da noite. Ninguém vai incomodar sua pequena estrela; ele vai apagar cada palavra negativa que foi escrita em sua mesa. Nos corredores escuros e desérticos, a apavorada Joo-yeon aperta sua mão a cada passo. Eles passam a noite pintando a mesa depreciada com a bandeira coreana, reafirmando o orgulho de Shi-on como atleta nacional.
Ao deixarem a escola, Joo-yeon finalmente percebe que se apaixonou por Gun — e quando ele corre em sua direção, ela o envolve em um abraço impulsivo. Em seu abraço, todos os sentimentos que ela escondeu ficam claros como água. Mas ela não pode admitir isso ainda. Distanciando-se rapidamente, Joo-yeon tenta desviar o abraço, embora pareça que Gun leu suas intenções com clareza.
No dia seguinte, Joo-yeon se esforça ainda mais para reprimir seus sentimentos, chegando ao ponto de se esconder atrás de recortes de papelão para evitar Gun. Espera-se que os atletas e seus acompanhantes cheguem ao centro de treinamento no campo às 17h, o que provoca uma discussão entre Gun e Shin sobre em qual carro Joo-yeon deve ir — até que Sae-yan percebe que os seguranças de seu pai estão atrás dela.
Com isso, ela empurra os três para dentro de um carro e acelera tão rápido que Joo-yeon acaba se lançando diretamente nos braços de Gun. Aproveitando a oportunidade de despistar Sae-yan, Shin tenta abandoná-la em um posto de gasolina — mas a pessoa adormecida sob um casaco não é Joo-yeon, e sim Sae-yan. Resultado: Shin deixa Gun e Joo-yeon para trás, quem diria?
Quando Sae-yan percebe o que Shin estava tentando fazer, ela agarra o cabelo dele com fúria. Em resposta, ele faz uma ameaça ao seu bracelete. Ambos concordam em terminar o impasse e soltar um do outro na contagem de três, mas Shin acidentalmente rompe o bracelete, e a desolada Sae-yan se afasta furiosa.
Sentindo-se culpado, Shin conserta o bracelete de Sae-yan e sai à sua procura ao longo da trilha da montanha quando ela não retorna. Ele a encontra bem e seguro, oferece um lanche, seu celular e seu cachecol — está planejando a fuga mais uma vez, rs. Fingindo estar ocupado, Shin se esconde atrás de uma rocha para contatar o pai de Sae-yan.
Mas apenas alguns minutos depois, Shin sai de seu esconderijo gritando de dor e pânico. Ele foi picado por algo — e agora o que vai ser, uma cobra venenosa?! Acreditando estar numa situação de vida ou morte, Shin confessa que contatou o pai dela e que sabe quem ela está procurando. A preocupação e a raiva de Sae-yan logo se transformam em confusão: “Como você sabe quem é meu pai biológico?”
Na verdade, Sae-yan não estava buscando Gun, mas sim seu pai. Esse desenvolvimento foi adorável e mostra a razão de Sae-yan se apegar a Joo-yeon e anseiar pelo calor de uma família amorosa. Seu pai italiano parece controlador e severo, o que deve ter sido sufocante para uma alma vibrante como Sae-yan. Embora pareça um pouco desajeitada, sua tenacidade é cativante, e é comovente que ela espalhe alegria e positividade por onde passa.
No que diz respeito a Shin, ele não dará tchau tão cedo. Sae-yan teve coragem suficiente para sugar o veneno dele — mas era apenas uma picada de abelha. HAHAHA. Quando Gun e Joo-yeon finalmente conseguem alcançá-los, estão constrangidos e chastizados pela experiência que viveram, e o quarteto finalmente volta para o carro a caminho do centro de treinamento. Contudo, eles ficam sem gasolina. Isolados, os quatro lamentam o destino, mas felizmente Shi-on — ou melhor, o carro de sua mãe — chega na hora certa. Ufa, que dia!
Voltando à trilha de Gun e Joo-yeon pela montanha, eles fazem uma pausa quando Gun nota que Joo-yeon está precisando descansar os calcanhares machucados. Infelizmente, ele havia comprado três medicamentos diferentes para o enjoo amoroso, mas se esqueceu de curativos. Mesmo assim, Gun desinfeta a ferida dela com um lenço de álcool, distraindo-a da dor com o lanche favorito dela — ele prestou atenção ao comentário de Sae-yan e o comprou no posto de gasolina. Então, a câmera se move e notamos que Joo-yeon trouxe uma sacola cheia de gelatinas para ele. Aww, esse casal!
Mais tarde, Gun leva Joo-yeon até o córrego em que ele caiu. Recordando-se de como ela o salvou ali, Gun confessa seus sentimentos, mas a culpa oconsome Joo-yeon, que não consegue encará-lo. Percebendo seu conflito, Gun pede que ela não se minta, mesmo que tenha mentido para ele. Então, ele a puxa para um beijo, e ela corresponde.
Este dorama continua numa montanha-russa de emoções, mas esta semana eu realmente me peguei rindo alto, o que provavelmente se deve ao tempo de tela ampliado de Shin e Sae-yan. A química entre os protagonistas ainda não me convence completamente devido ao exagero da comédia, mas o cuidado e a preocupação que eles têm um pelo outro são tocantes nos momentos de introspecção. Os pontos fortes do drama residem nas relações dos personagens — especialmente os laços familiares e platônicos — então espero que o enredo explore isso mais a fundo, ao invés de deixá-los à mercê das volubilidades da trama.
Originária de Busan e ex-produtora de TV, Soo-Mi viajou pela Ásia buscando inspirações. Apaixonada por dramas contemporâneos, sua escrita é empática e sincera, conectando-se profundamente com os leitores.